São Paulo, sexta-feira, 13 de dezembro de 1996 |
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Isabel Allende vê assassinato no Rio
RONI LIMA
Morando na Califórnia (EUA) e autora de livros de sucesso internacional, como "A Casa dos Espíritos" e "Paula", Isabel chegou ao Rio de Janeiro no início da semana após viajar pela Bahia, Amazonas e Minas Gerais. Em entrevista na segunda-feira, se disse "impressionada" com os contrastes sociais e ambientais do Brasil. "Uma pessoa tem que viver 30 anos para começar a entender como funciona essa sociedade." Anteontem, antes de embarcar à noite de volta para os EUA, ela fez questão de conhecer a realidade de um subúrbio da cidade. Com um grupo de amigos, visitou de carro alguns bairros da zona norte. O grupo decidiu então almoçar em um restaurante de Rocha Miranda, na avenida dos Italianos. Localizado a cerca de 20 quilômetros do centro do Rio, Rocha Miranda é um bairro predominantemente de classe média baixa. Por volta das 14h, estampidos foram ouvidos no restaurante. Do lado de fora, percebeu-se a arrancada de um carro e uma correria. O grupo saiu do restaurante e se deu conta de que, a poucos metros, um homem havia sido fuzilado à queima-roupa. Pela reação da escritora, a imagem do Rio pode não ter saído chamuscada com o crime. Ela disse aos amigos que havia presenciado uma cena de violência que poderia ter ocorrido em qualquer grande cidade do mundo. Texto Anterior: Mais quatro são feridos por balas perdidas Índice |
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