São Paulo, sexta-feira, 13 de dezembro de 1996
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Mais quatro são feridos por balas perdidas

DA SUCURSAL DO RIO

Mais quatro pessoas foram atingidas ontem por balas perdidas no Rio. Apesar da frequência de vítimas, o general Nilton Cerqueira, secretário Estadual da Segurança Pública, disse que a polícia não tem estatísticas desses casos.
Cerqueira explicou que nunca houve registro de balas perdidas nas delegacias policiais do Rio.
"Não temos acompanhamento estatístico. As balas perdidas foram achadas por outras pessoas, por condutores de factóides", disse o general, se referindo ao prefeito Cesar Maia, que encontrou semana passada uma bala perto do seu gabinete, no Palácio da Cidade (Botafogo, zona sul do Rio).
Com esses casos, sobem para 85 os casos de balas perdidas no Rio registrados pela imprensa em 96.
O camelô Rosivaldo Belarmindo da Silva, 19, levou tiro na perna, quando andava pelo centro. Ele não corre perigo. Às 13h30, a dona-de-casa Jussara da Silva, 65, foi baleada ao chegar em casa, no morro do São Carlos (zona norte). Ela também está fora de perigo.
Dois homens assaltaram um ônibus de manhã, em Ramos (zona norte). Um dos passageiros reagiu. Houve tiroteio. Um casal foi atingido do lado de fora do ônibus.
Tiro acidental
O cabo da PM Carlos Marcelino Corrêa, 38, que trabalhava no Gabinete Militar do governador do Rio, Marcello Alencar, morreu ontem após ser atingido por três tiros da sua própria arma.
Segundo nota da assessoria de imprensa do governador, a morte foi acidental. Um outro policial teria afastado a arma para se sentar num sofá, no Palácio Laranjeiras (zona sul do Rio), residência oficial do governador.
Mesmo assim, o cabo Sebastião José Cordeiro Motta, 33, foi autuado e preso em flagrante. A Folha não conseguiu entrar em contado com Motta ontem.

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