São Paulo, sexta-feira, 13 de dezembro de 1996
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Espumantes são opção a champanhe

JORGE CARRARA
ESPECIAL PARA A FOLHA

Cerca de 1 bilhão e meio de garrafas de espumantes são consumidas por ano no planeta. Em média, 50 garrafas destes vinhos borbulhantes são abertas a cada segundo. Perto das festas de fim-de-ano, o ritmo se torna mais frenético.
Os espumantes nasceram no norte da França, na região de Champagne. Foi lá que os vinhateiros desenvolveram a curiosa técnica de adicionar açúcar ao vinho já pronto e provocar uma segunda fermentação, quando o champanhe ganha as bolhas e com elas toda a sua leveza e frescor.
Ao longo dos anos, os efervescentes goles franceses acabaram conquistando as cortes européias e ganhando espaço nos recintos mais sofisticados. O aumento da sede por esses vinhos alegres -e muito associados a festas e comemorações- motivou outros países a se embrenhar nessa área. Hoje, apenas 17% da produção mundial é de autênticos champanhes.
A boa notícia é que entre os clones dos borbulhantes goles gauleses há bons exemplares a preços mais em conta que os originais.
Entre os europeus, vale a pena conferir dois espumantes brut (secos) italianos da região do Vêneto (norte do país) da Azienda Agrícola Conte Loredan Gasparini.
O prosecco (tipo de uva) de Valdobbiadene (cidade onde se localizam os vinhedos) tem bom perfume e sabor de frutas tropicais, corpo médio e uma acidez marcante que o torna leve e fresco (78/100, R$ 16,25). Já o Loredan Gasparini, que combina fruta com certo torrado e amendoado ao estilo dos champanhes franceses, tem bom corpo e bolhas mais finas que lhe dão uma textura agradável (79/100, R$ 18,66).
Na ala americana há também boas opções. O Baron B, do braço argentino da Mõet Chandon (bom aroma, paladar frutado bem equilibrado e com bom final) é uma delas (80/100, R$ 19,60).
Mas, nesse departamento, o destaque fica aqui em casa, com os espumantes gaúchos, que superam os importados na relação preço- qualidade. A Cave de Amadeu distribui o Cave Geisse, um vinho elaborado com uvas Chardonnay que envelhece dois anos e meio antes de ser colocado à venda e tem aroma frutado intenso e bolhas finas que moldam um paladar aveludado (79/100, R$ 10,39).
Outra boa escolha é o Brut da Chandon de estilo leve, fresco e delicado, sempre uma pedida certa (79/100, R$ 13,99). O da Salton (corte de uvas Riesling e Semillon) é mais encorpado, tem sabor levemente adocicado marcado por traços de maçã e também um preço imbatível para a sua qualidade (79/100, R$ 8,10).

Onde encontrar: Prosecco di Valdobbiadene e Loredan Gasparini Brut, Expand Importadora (tel. 011/816-2024); Cave Geisse, Vinícola Cave de Amadeu (tel. 054/452-4766); Baron B, Casa Santa Luzia (tel. 011/883-5844), M. Chandon e Salton, Supermercado Eldorado (tel. 011/887-0077)

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