São Paulo, sexta-feira, 13 de dezembro de 1996
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Massas são o melhor do Mezzogiorno

JOSIMAR MELO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Uma comidinha italiana no almoço, a preços módicos e com opções variadas, quem há de resistir? Poucos, ao menos no Mezzogiorno.
O restaurante nasceu com a cara que São Paulo anda precisando. Um lugar simples, barato e com uma cozinha não apenas honesta, mas que se dá ao luxo de apresentar receitas que não constam da rotina dos restaurantes familiares italianos.
Pertence ao engenheiro Aldo Galloni, de 38 anos, 37 dos quais resistindo à sina familiar de ter restaurantes. Aldo é filho de Monika Galloni, proprietária do In Citta -e, antes disto, de casas como o Âncora do Guarujá. Sua irmã toca o In Citta Itaim.
Aldo sempre trabalhou em outras áreas, preservando a cozinha como objeto de prazer: cozinhar em casa e comer nos melhores restaurantes do mundo eram o hobby dele e da mulher.
A instabilidade profissional, porém, o convenceu a ter seu próprio negócio. E aí não foi possível escapar da área em que ele tinha conhecimento como amador, mas todo o know-how familiar.
É o próprio Aldo que faz a comida. A estrutura é enxuta, o espaço é pequeno (40 lugares) e a decoração, tão simpática quanto improvisada. O almoço inclui no preço um antepasto (bruschetta de alho e manteiga) e uma saladinha de alface com alguma conserva.
Os risotos têm boas combinações -como provolone e ervilhas ou queijo brie e bresaola. Mas, como é tradição do In Citta, são feitos com arroz brasileiro, que barateia o preço mas não se compara, em gosto ou consistência, ao italiano.
Entre as carnes, há um bom filé à milanesa servido com massa parafuso e molho de tomate seco moído, alho e azeite; e as polpettine (com carnes de frango, porco e boi) com molho de mostarda e abobrinha na chapa.
Mas a grande atração são as massas: conchinhas com molho de tomate fresco, manjericão e mozarela de búfalo; ravioloni de alcachofra com manteiga e sálvia; penne com minibrócolis, alho e azeite, tomate seco e pimenta calabresa. Os molhos são em geral equilibrados, às vezes com certa acidez -do tomate seco-, mas feitos com atenção.
Come-se meio apertado, pressionado pelas filas, mas come-se com decência no Mezzogiorno.

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