São Paulo, segunda-feira, 16 de dezembro de 1996 |
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Portuguesa perde controle dos nervos e título inédito
ARNALDO RIBEIRO
Isso foi determinante para a derrota do time por 2 a 0 e a perda do inédito título brasileiro, sofrendo o gol fatal a nove minutos do fim. A equipe paulista entrou em campo apavorada pelos gritos ensurdecedores da torcida gremista e tomou o primeiro gol aos 2min. Depois de um passe de Zé Alcino, Paulo Nunes bateu forte de pé esquerdo, marcando seu décimo sexto gol no Brasileiro. Ele terminou a competição como artilheiro do campeonato, ao lado de Renaldo, do Atlético-MG. Tomar um gol no começo era tudo que o técnico Candinho mais temia. E isso se provou no fim. Sua estratégia de valorizar a posse de bola e explorar rápidos contra-ataques com Alex Alves e Rodrigo não funcionou. O Grêmio marcava a saída de bola, enervando os zagueiros César e Emerson, e não deixava o time paulista respirar. O lateral-direito Arce, que atuou sentindo uma contusão, era a principal arma ofensiva da equipe gaúcha. O primeiro chute a gol da Portuguesa só aconteceu aos 15min, com Rodrigo. Mas o domínio do Grêmio foi completo. O time cobrou 13 escanteios só no primeiro tempo e exigiu, pelo menos, três grandes defesas de Clêmer. Aos 46min, César, de cabeça, salvou o que seria o segundo gol. No segundo tempo, a ansiedade do Grêmio em fazer o gol e a impaciência da torcida tornaram o jogo melhor para a Portuguesa. O time passou a organizar perigosos contra-ataques, sem oferecer espaços em sua defesa. Mas, aos 39min, todo o esforço foi por água abaixo. Numa rebatida da defesa, Aílton, que acabara de entrar, acertou um belo chute, garantindo o título para o Sul. Texto Anterior: Sangue azul Próximo Texto: 'Gerentes' do time fracassam Índice |
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