São Paulo, segunda-feira, 16 de dezembro de 1996 |
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Dotô Jeka se orgulha de ser caipira
THALES DE MENEZES
O quinteto é todo do interior. O vocalista Tuia e seu irmão, o batera Keco, são de Jacareí. Beto, guitarra, vem de Campos do Jordão. Ricardo, baixo, de São José. E João Guilherme, que toca acordeom, é da pequena Santa Branca. A banda está junta há três anos. Usar elementos da música caipira foi uma coisa natural. "Todos têm uma afinação com esse som, a gente cresceu ouvindo isso. Não estamos zoando, a gente tem orgulho de ser caipira", diz Tuia. No entanto, ele revela que o estilo surgiu meio de sopetão. Eles tinham umas sessões de estúdio pagas, desde o tempo que formavam outra banda, Dr. Jekyll, e foram gravar uma demo. Uma das faixas era um "blues meio country", e o grupo resolveu mixar nela sons pré-gravados de acordeom e viola. "Aí a gente viu que ficou legal, meio esquisito, mas não levou a coisa para frente", relata Tuia. "Só quando a gente ouviu uma demo dos Raimundos, que faziam hardcore com música nordestina, é que a gente percebeu que podia fazer isso com música caipira." Uma demo foi parar na gravadora Virgin, que contratou o quinteto. No CD "Tia Marieta", a banda regravou "Romaria", clássico de Renato Teixeira. O autor aprovou a versão ("o Renato disse que a mãe dele gostou", diz Tuia), participou de outra faixa do CD e virou um "padrinho" da turma. A banda faz uma pequena temporada de shows em São Paulo no próximo mês. O Dotô Jeka vai aumentar sua participação no circuito de rodeios do interior. Segundo Tuia, "são umas festas bacanas, toca até Doors nos alto-falantes." Texto Anterior: O processo de produção passo a passo Próximo Texto: Por trás de cada faixa Índice |
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