São Paulo, segunda-feira, 16 de dezembro de 1996
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Aviões de Israel atacam o sul do Líbano

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Aviões israelenses atacaram ontem posições da guerrilha Hizbollah (Partido de Deus) no sul do Líbano, um dia depois de um confronto em que um militar israelense ficou ferido e dois guerrilheiros morreram.
O ataque também acontece na véspera da conferência em Washington (EUA) para reunir doadores para a reconstrução do Líbano.
O governo de Beirute teme que o aumento da tensão no sul prejudique a imagem de estabilidade que o país quer transmitir aos participantes da reunião "Amigos do Líbano".
O premiê Rafik al Hariri, que lidera a delegação libanesa, vai pedir a cerca de 30 países US$ 5 bilhões para projetos nos próximos cinco anos.
O Departamento de Estado dos EUA promete importantes anúncios durante a reunião. A maior expectativa dos libaneses é que a proibição de viagens de americanos ao país, que já dura 11 anos, seja relaxada.
Ataques
Os aviões israelenses atiraram 12 mísseis em colinas remotas no sudeste libanês, de onde o Hizbollah ataca as tropas de ocupação israelenses.
Oito mísseis alvejaram montanhas que formam o vale do Bekaa, um dos principais locais de concentração da guerrilha, entre as cidades de Machgara e Ain el Tineh.
Cinco minutos depois, mais quatro mísseis foram disparados contra as colinas Jabbur, mais ao sul.
Um porta-voz do grupo disse à agência "Reuter" que não havia informações sobre vítimas.
Cessar-fogo
No sábado, Israel havia protestado junto ao comitê de cinco nações que monitora o acordo de cessar-fogo assinado em abril. Acusou o Hizbollah por mísseis Katiucha que atingiram o norte de Israel na sexta. A guerrilha negou.
Pelo acordo, é proibido atacar áreas civis dos dois lados da fronteira entre Líbano e Israel. São permitidos ataques mútuos dentro da faixa de 12 km que os israelenses ocupam no sul do Líbano.
Desde outubro, quando começou a funcionar, o comitê declarou Israel culpado de violações do pacto três vezes. Duas vezes "deplorou" as ações israelenses.

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