São Paulo, segunda-feira, 16 de dezembro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Indy une turismo com esporte

MAURO TAGLIAFERRI
DA REPORTAGEM LOCAL

O roteiro de circuitos da Indy não chega perto do glamour da Fórmula 1 em termos turísticos.
Isso porque a categoria nasceu em Indinápolis, no Meio-Oeste dos Estados Unidos, e os primeiros campeonatos foram realizados na região.
Com o crescimento da categoria, algumas corridas do campeonato foram transferidas para locais com maior concentração populacional e interessantes turisticamente, como Miami e Long Beach. Conheça as cidades mais interessantes.
Long Beach é simpática, tem bons hotéis, bares, restaurantes e, para quem aprecia, casas de striptease. A corrida é considerada a mais charmosa da Indy.
Mas vale mesmo pela proximidade e facilidade para se chegar a Los Angeles. Long Beach está a meia hora, de carro, dos estúdios de Hollywood e de Beverly Hills.
Monterey fica a duas horas, de carro, de San Francisco -viagem que vale a pena: passa entre lavouras e o litoral californiano.
Em Monterey, vale a pena visitar o aquário, um dos melhores do mundo. Às terças-feiras, a rua central da cidade é fechada no período da tarde para dar lugar a uma feira, no estilo das feiras livres brasileiras. Compram-se frutas, legumes e verduras, além de roupas.
A cidade é vizinha de Carmel, terra de Clint Eastwood, uma espécie de Campos do Jordão litorânea. Carmel tem um declive arborizado e cercado por pequenas -e caras- lojas e restaurantes que termina na praia.
Além disso, o circuito de Laguna Seca, onde a Indy decidiu os dois últimos títulos, se situa num belo cenário.
Surfers Paradise é um Guarujá australiano mais cosmopolita, onde a farofada não tem vez. Lugar de turismo chique, está rodeado por resorts de alto padrão.
A cidade tem boa infra-estrutura e mulheres belíssimas. As melhores praias não ficam na própria cidade, mas são acessíveis de carro. Pena que o país fique tão longe.
Em Miami, a não ser pelos bares de Miami Beach, pouca coisa se aproveita. É o paraíso das compras da classe média alta brasileira e só.
Até a corrida, que era disputada nas ruas centrais da cidade, foi transferida para um circuito oval em Homestead, a 40 km de Miami.
O autódromo tem seu charme, foi projetado no estilo art nouveau e pintado em tons pastéis. Até o muro ganhou um verde-água. Hospedagem, só em Miami.
500 Milhas
Indianápolis é a meca do automobilismo norte-americano. Os ingressos para a corrida são vendidos com um ano de antecedência -dá para encontrar anciãos que assistem à corrida há 50 anos, sempre no mesmo lugar.
A melhor opção de lazer é o bar Slipery Noodles, um porão que comporta duas bandas tocando ao mesmo tempo com um som para lá de honesto.
Mas a cidade vive mesmo das 500 Milhas. Cerca de 500 mil pessoas invadem Indianápolis durante o mês de maio, quando acontecem os treinos e a corrida.
Hotel é para poucos. A multidão acampa nas cercanias e dentro do autódromo. No sábado que antecede as 500 Milhas, há uma parada com os pilotos pelas ruas centrais.

Texto Anterior: GP da Itália é corrida ultraconcorrida
Próximo Texto: Música brasileira povoa campo argentino
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.