São Paulo, segunda-feira, 23 de dezembro de 1996 |
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USP quer alterações no provão
FERNANDO ROSSETTI
É a primeira análise externa mais aprofundada a respeito do provão, após sua aplicação junto a 55 mil alunos do último semestre dos cursos de graduação em administração, direito e engenharia civil, no último dia 10 de novembro. A conclusão reitera o que o Conselho Universitário da USP vinha afirmando desde o anúncio oficial do exame: que a avaliação de uma instituição de ensino superior deve ser feita levando em conta uma série de indicadores e que o destaque a um único desses indicadores -como foi o caso do provão- distorce o resultado. Superficial "Achamos também que o MEC poderia fazer provas mais profundas com os alunos, porque o provão se mostrou superficial", afirma o pró-reitor de Graduação da USP, Carlos Alberto Dantas. O relatório do Conselho de Graduação sugere, por exemplo, que o MEC faça exames por amostragem -e não cobrindo a totalidade dos alunos do curso. "Um exame como o provão sai muito caro e, com amostragens, pode-se levantar um conjunto maior de informações com um esforço menor", diz Dantas. Para a USP, o exame com alunos deveria também ser feito em duas etapas, uma após os primeiros dois anos -"compreendendo o currículo mínimo desse período"- e uma prova de final de curso. "A primeira etapa poderia, até, ser feita com testes de múltipla escolha", diz o pró-reitor. "Isso permitiria corrigir o curso enquanto ele está em andamento." Fácil Com elementos das discussões de cada unidade submetida ao exame, o Conselho de Graduação da USP concluiu que a prova de administração foi "muito fácil", a de direito, "razoável", e a de engenharia, "bem feita", para a Escola Politécnica, ou "deficiente", para a Engenharia de São Carlos. (FR) Texto Anterior: Perfil da rede municipal de SP Próximo Texto: Prioridades para pós-graduação Índice |
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