São Paulo, segunda-feira, 23 de dezembro de 1996
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Gravadoras planejam clube de CD

LUIZ ANTÔNIO RYFF
DA REPORTAGEM LOCAL

Para atingir a marca de US$ 1 bilhão de faturamento no próximo ano, a indústria fonográfica brasileira conta com algumas armas além da reza pelo sucesso do plano de estabilidade econômica.
Os executivos das grandes companhias de disco reconhecem que a manutenção da atual taxa de crescimento é difícil.
"Não podemos esperar que o setor cresça 35% ao ano", diz Luis André Calainho, diretor artístico da Sony.
Um dos projetos é a criação de um "clube do CD", que reuniria todas as gravadoras em uma espécie de clube.
O associado receberia catálogos em casa, a preços que seriam um pouco mais em conta, com CDs lançados há alguns meses.
Em contrapartida, o sócio teria de comprar uma cota mínima de CDs em um prazo prefixado -seria, em princípio, de seis CDs a cada dois anos.
O objetivo do clube é atingir a marca de 1 milhão de sócios em três anos.
Outro projeto é a introdução no país do CD single, com quatro músicas, e um preço mais em conta, em torno de R$ 5.
A experiência já foi feita sem sucesso. Mas, em 1997, a tentativa vai reunir todas as gravadoras.
O primeiro CD single deve chegar às lojas em meados do primeiro semestre.
O CD single servirá para lançar novos artistas e trará versões inéditas de artistas consagrados.
O presidente da ABPD (Associação Brasileira dos Produtores de Disco), Manolo Camero, avalia que no primeiro ano o novo formato não dará lucro, o que só ocorrerá com a ampliação desse mercado e da produção.
Outra perspectiva de aumento do mercado aconteceria com a entrada no Brasil de grandes redes de lojas especializadas no varejo.
Segundo a ABPD, as principais redes do gênero -a Virgin, a Tower Records e a HMV- estão interessadas no mercado brasileiro.
(LAR)

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