São Paulo, segunda-feira, 23 de dezembro de 1996
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Simla une caos indiano e ordem britânica

ARTHUR VERÍSSIMO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Percorrer as ruelas de Simla é retornar no tempo à virada do século. Essa estação montanhosa fundada pelos ingleses em 1822 foi capital e residência de verão dos vice-reis britânicos da Índia.
A cidade encontra-se conservada e lembra Petrópolis (RJ).
O clima montanhoso (2.310 metros de altitude) é agradabilíssimo. A população é de 110 mil pessoas.
O que mais impressiona são as relíquias arquitetônicas nos bosques de pinheiros e carvalhos.
Encravada numa cordilheira, Simla é dividida entre cidade alta e baixa. As subidas são íngremes. O melhor é usar o elevador.
Dar uma volta pela cidade alta é imprescindível, principalmente pelo Scandal Point. A partir daí, há várias opções. Uma é percorrer a rua principal (The Mall). Até 1947, ano da independência, os indianos eram proibidos de caminhar ali.
Entre as atrações turísticas está o templo Jakku -dedicado a Hamuman. Chamam a atenção os macacos que frequentam o local.
Christ Church, igreja construída em 1844, abriga janelas desenhadas por Lockwood Kipling, pai do escritor Rudyard Kipling. Eles viveram por alguns anos na cidade.
Simla abriga dezenas de livrarias e antiquários. Garimpando, é possível encontrar relíquias e antiguidades: desde a primeira edição da obra-prima "Kim", de Kipling, a gravuras e pinturas de artistas britânicos e indianos do século 19.
Existem centenas de hotéis com excelente serviço. A maioria está localizada na parte alta, onde a atmosfera ambiental é um sonho.
Na parte baixa, o trânsito é caótico. Carros, bicicletas, vacas, pedestres e ônibus trafegam em estreitas ruas.

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