São Paulo, quinta-feira, 26 de dezembro de 1996 |
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Jovem deixa MST para estudar
DA REPORTAGEM LOCAL Depois de participar do movimento dos sem-terra nos últimos dois anos, Elizabete Alves de Souza, 16, resolveu mudar de vida em novembro passado.Ela deixou o movimento para voltar a estudar. "Eu preciso estudar, senão me dano mais tarde", diz Elizabete, que cursará a 6ª série do 1º grau no ano que vem. Além do estudo, o lazer e as amigas também atraíram Elizabete para a cidade. Quando não está na escola, sua maior diversão é dançar nos bailes da cidade. "Adoro sair para caçar fervo", afirma Elizabete, na gíria local que significa buscar diversão. Morando em Presidente Prudente (SP), com a avó e uma tia, ela está agora mais distante do pai, o militante sem-terra Antônio Carlos Alves de Souza, o Carlão. Ela nem sequer conhece a área onde ele está assentado há um mês, na fazenda Bom Pastor, em Sandovalina (640 km a oeste de São Paulo). O pai lamenta a distância das filhas -ele tem três, e nenhuma permaneceu no MST: "Ninguém pode forçar uma situação que contraria a natureza delas", diz. Texto Anterior: Falta de sala de aula preocupa Próximo Texto: Pai não consegue 'segurar' filhos Índice |
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