São Paulo, quinta-feira, 26 de dezembro de 1996 |
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Peruanos são vítimas de ataques no Japão
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS O primeiro-ministro japonês, Ryutaro Hashimoto, afirmou ontem estar envergonhado de os sul-americanos com negócios no Japão estarem sofrendo atentados, que começaram depois de o grupo terrorista peruano Movimento Revolucionário Tupac Amaru ter sequestrado mais de 300 pessoas na semana passada.Hashimoto censurou os ataques e insinuou que eles podem ter sido motivados pela indignação causada pelo sequestro. Vários empresários japoneses e o embaixador do país no Peru, Morihisa Aoki, ainda permanecem em poder dos sequestradores. "Espero que possamos pôr fim a esses atos. O governo peruano está fazendo o possível para assegurar a libertação dos reféns. Sinto-me envergonhado", disse. Ataques A polícia do distrito de Gunma (norte de Tóquio, capital japonesa), anunciou que, desde o começo da crise dos reféns, já foram apedrejados um restaurante de um boliviano de origem japonesa e um armazém de um peruano, também de origem japonesa. Os atentados aconteceram na cidade de Isezaki, 100 km a noroeste de Tóquio, onde vivem cerca de 4.000 dos 15 mil peruanos e peruanos de origem japonesa que vivem no Japão. A polícia de Tóquio afirmou que a embaixada do Peru no país recebeu vários chamados anônimos e que vários carros da representação diplomática foram apedrejados. A maior agência de viagens japonesa cancelou ontem todos os cinco pacotes turísticos para o Peru que havia planejado para o Natal. "Fizemos umas poucas enquetes (acerca de segurança) e decidimos cancelar as viagens", disse o porta-voz da Japan Travel Bureau. Desde que o presidente do Peru, Alberto Fujimori, assumiu o poder, o país havia se tornado o destino mais popular dos japoneses gastadores. Cerca de 10 mil japoneses visitaram o Peru no ano passado. Outras agências de viagem não têm recomendado aos turistas para evitar viagens ao Peru. "Temos confirmação de que não há nenhum inconveniente em viajar ao Peru e visitar a região", disse um porta-voz da Kinki Nippon Tourist. Texto Anterior: Embaixador japonês pode renunciar ao cargo Próximo Texto: Ieltsin quer mobilizar o G-7 Índice |
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