São Paulo, sexta-feira, 27 de dezembro de 1996
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Rolagem de dívida ajuda Estado

SILVANA QUAGLIO
DA REPORTAGEM LOCAL

A renegociação com a União de dívidas que em outubro somavam quase R$ 44 bilhões deve melhorar a situação do Estado, mas não produzirá folga no Orçamento.
Em 97, segundo a Folha apurou, o governo gastará cerca de R$ 300 milhões a mais do que os R$ 3,8 bilhões inicialmente previstos para o pagamento de dívidas.
O gasto previsto para o pagamento de dívidas, em 96, também foi de R$ 3,8 bilhões. A diferença é que grande parte do dinheiro foi para o pagamento dos altos juros praticados pelo mercado.
Agora, o governo fará pagamentos pesados, mas os juros incidentes sobre bolo total serão de 6% ao ano mais a variação do IGP-DI (índice de inflação da Fundação Getúlio Vargas). Os desembolsos começarão só em abril de 97.
Em 98, o gasto deverá ser de cerca de R$ 210 milhões por mês.
O Estado renegociou com a União suas dívidas junto ao Banespa (mais de R$ 20 bilhões), à Nossa Caixa (mais de R$ 5 bilhões) e em títulos estaduais negociados no mercado financeiro (cerca de R$ 18 bilhões).
São Paulo pagará R$ 7,4 bilhões com a venda de patrimônio e o restante em 30 anos. O Banespa passará a ser um banco federal.
Mas o passivo previdenciário de funcionários contratados pelo Banespa até 75 -gasto de cerca de R$ 27 milhões por mês- ficará para o Estado pagar. As dívidas de R$ 16 bilhões junto a fornecedores, já renegociadas, consomem cerca de R$ 30 milhões mensais.
(SQ)

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