São Paulo, sexta-feira, 27 de dezembro de 1996 |
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Cosmopolita, Trio une sabores ecléticos
JOSIMAR MELO
Um deles ocupa o espaço de uma antiga oficina mecânica, a casa noturna Officina Paradiso Caff. Ao lado, no galpão de uma antiga serraria, fica o Trio, novo restaurante de Charlô Whately. Apesar do nome, são quatro sócios. Charlô é o responsável pela comida. Simone Goffaux, Dudu Linhares e Eduardo Scott Camargo tocam a operação. O Trio impõe uma idéia metropolitana logo na fachada, uma grande parede nua pintada de vermelho. Por dentro foi mantida a escala das instalações anteriores, o grande vão livre, as tesouras do teto maquiadas com chapas de ferro, um forro de tecido branco que ajuda a amenizar o barulho. O cardápio é eclético, revela uma inspiração francesa, mas percorre outras nacionalidades, inclusive com citações da cozinha caseira brasileira. No almoço, o serviço é sempre de bufê. São várias opções de saladas e pratos frios, mais dois pratos quentes, onde se incluem homenagens ao almoço trivial paulista. São pratos como salmão marinado, tomates recheados com farofa, lulas frias temperadas, cuscuz paulista. E quentes, como um picadinho suculento, com arroz e feijão, ou um bacalhau carregado no creme, mais enjoativo. À noite, o serviço é à la carte. Influências créolle (das Antilhas) resultaram em um interessante camarão com molho apimentado de feijão preto e miniespigas de milho. Ares italianos trouxeram o filé de cordeiro com molho de alecrim, um pouco além do ponto, mas saboroso. A França se apresenta com o foie gras com brioche e calda de framboesa, ou no magret de pato fatiado com legumes. Nas sobremesas, um gosto de infância se insinua no merengue. Uma opção mais moderna une bolo de chocolate amargo com calda de framboesa. Uma oferta maior de vinhos tornaria mais completa a refeição no Trio. Texto Anterior: Novos pratos 1; Novos pratos 2; Cachaça; Breakfast Próximo Texto: Trio Índice |
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