São Paulo, sexta-feira, 27 de dezembro de 1996
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Sette procurou psiquiatras

ARMANDO ANTENORE
DA REPORTAGEM LOCAL

Muito antes de se tornar mendigo, Jairo Sette já buscara auxílio psicológico.
Há nove anos, se consultou no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Há quatro, procurou o Centro de Atenção Psicossocial (Caps). Foi à unidade de Perdizes, na zona oeste paulistana.
O psiquiatra Rômulo Ferreira da Silva, diretor-técnico do Caps, não quis mostrar à Folha os prontuários do bailarino. Também não revelou os diagnósticos do paciente -incluindo os atribuídos pelo Hospital das Clínicas. Alegou razões éticas.
Assinalou, porém, que pessoas com a conduta de Sette são passíveis de tratamento. "Familiares e amigos não devem desistir. Precisam se manter próximos e recorrer à assessoria de especialistas."
"Para reintegrar o paciente à sociedade", continuou, "é necessário respeitar o caminho que está trilhando e o modo como se relaciona com o mundo. Às vezes, iniciamos a terapia sem tirá-lo das ruas."
(AA)

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