São Paulo, terça-feira, 31 de dezembro de 1996
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Polônia importa 'pé-de-obra' brasileiro

DA REPORTAGEM LOCAL; COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um empresário polonês está investindo na importação de mão-de-obra do Brasil.
Proprietário do LKS, time da primeira divisão, Antoni Ptak levou à Polônia 19 jogadores mineiros, de 15 a 17 anos, no mês passado. Eles devem ficar no país até junho.
O objetivo é comprar o passe dos atletas mais bem sucedidos no estágio, negociando-os futuramente com outros times europeus.
"É o embrião de uma escola internacional, que deve gerar lucros a longo prazo, graças à venda dos jogadores formados em Lodz para equipes polonesas e estrangeiras", explicou o empresário.
Dois dos brasileiros já foram autorizados a defender o LKS.
Ptak negou-se a revelar o montante investido no negócio, mas afirmou que o gasto mensal com cada atleta chega a US$ 5.000.
Além dos brasileiros, o empresário polonês pretende importar jogadores da Romênia e da Nigéria.
"A fusão de diversos estilos dará uma contribuição enorme ao futebol polonês, difícil de calcular em termos financeiros", disse Ptak.
Em março, são esperados mais dez atletas brasileiros, também de Minas Gerais.
A principal dificuldade que eles enfrentam é o frio. "A maioria nunca tinha visto neve", disse Marek Dziuba, técnico do LKS.
Os consultores
Telê Santana, técnico do Palmeiras e supervisor da escola de futebol do América-MG, foi um dos procurados pelo polonês para indicar "atletas de futuro".
Ptak também manteve contato com o volante Nowak e o meia Pierkaski, poloneses que defendem o Atlético-PR, pedindo nomes de juvenis da equipe paranaense que possam, no futuro, estagiar na Polônia.

Com a Reportagem Local

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