São Paulo, terça-feira, 31 de dezembro de 1996
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Mostras recuperam Salvio Daré

CELSO FIORAVANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

O ano de 1997 tentará recuperar uma grande perda de 1996: o artista plástico catarinense Salvio Daré, morto com Aids em 1º de agosto último, aos 33 anos de idade.
Encabeçado pelo empresário José Orlando Portugal Danti, o Projeto Salvio Daré viabilizará três mostras da obra do artista: duas simultâneas no Rio (Paço Imperial e Funarte, no segundo semestre) e uma em São Paulo (em local a ser definido, apenas em 1998). A curadoria é de Lorenzo Mammi.
O Projeto também editará um livro, com cerca de 100 fotos coloridas e textos inéditos, e promoverá a catalogação de toda a sua obra.
Em sua curta vida e trajetória artística, Daré portou-se como o participante de uma cruzada contra os filisteus do mercado das artes, aqueles que pouco se importavam com a obra do artista, mas apenas com a vulgarização da relação entre o espectador e o meio. "Meu compromisso é construir minha obra se existirem olhos para ela", disse.
Suas abstrações se preocupam com a rigorosa composição e ocupação do espaço e a disposição arquitetônica das formas (influências de Piero della Francesca).
Daré partiu depois para o Rio, onde realiza a primeira individual, em 1989, e obtém grande sucesso. Segue para São Paulo, em 1992, mas a crescente "falta de olhares" encerra-o cada vez mais em seu ateliê em Campos Elíseos.
(CF)

Projeto Salvio Daré: contatos com Danti pelos tels. 011/829-3450 ou 866-6439 e pelo fax 011/284-4276.

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