São Paulo, terça-feira, 31 de dezembro de 1996
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Saint Phalle e Mapplethorpe vêm no 1º semestre

CELSO FIORAVANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma francesa é a primeira artista a desembarcar no Brasil. Ainda em janeiro, a Casa França-Brasil, no Rio, recebe uma retrospectiva de Niki de Saint Phalle. Em fevereiro a mostra vem para a Pinacoteca.
A artista traz, entre outras obras, suas grandes, coloridas e disformes figuras femininas, conhecidas como "Nanas".
Saint Phalle ficou conhecida a partir de 1963, quando ergueu em Estocolmo (Suécia), com seu marido, o também artista Jean Tinguely, uma mulher deitada de 25 metros de comprimento em que se entrava por entre suas pernas, remetendo à fertilidade e ao universo feminino, recorrências nos trabalhos da artista.
Em março é a vez da cidade receber a retrospectiva do fotógrafo norte-americano Robert Mapplethorpe (1946-1989), conhecido por sua produção de alto teor homo-erótico. A mostra desembarca no MAM com 209 obras do artista, entre fotografias, colagens, esculturas, pinturas e gravuras. A mostra causou polêmica e chegou a ser censurada nos EUA por conter fotos de crianças nuas.
Também em março começa a programação do cinquentenário do Museu de Arte de São Paulo, com uma mostra do pintor italiano Giorgio Morandi (veja outras mostras de destaque do Masp, como os desenhos inéditos de Michelangelo, em texto ao lado).
A artista norte-americana Jenny Holzer chega ao país ainda em janeiro, mas apenas para determinar o lugar em que fará a sua intervenção urbana, no segundo semestre.
Um dos grandes sucessos da Bienal, o anglo-indiano Anish Kapoor, volta ao país em 97. Apresentará esculturas criadas com porongos (frutos usados na confecção de cuias) e pigmento, trabalhos semelhante a outros realizados para mostra no Japão.
No Rio, o grande pólo centralizador das artes plásticas será o Centro Cultural Banco do Brasil. No próximo dia 15, o CCBB inaugura mostra de livros-objetos de 35 artistas norte-americano, como Robert Roesch e Don Harvey.
No mês de junho, o espaço recebe uma mostra de fotografias do cineasta alemão Win Wenders (alguns de seus trabalhos na área foram vistos na última Bienal) e esculturas e instalações do norte-americano Gary Hill.
O CCBB encerra suas atividades com mostra de pinturas e aquarelas de Xul Solar e desenhos infantis de Jorge Luís Borges, a partir de 1º de outubro.
(CF)

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