São Paulo, quinta-feira, 8 de fevereiro de 1996
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Consorciado tem mais prazo para escolha

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Retirada do bem poderá ser feita até 60 dias depois do último sorteio do grupo; depois o saque pode ser em dinheiro
Os consorciados de todos os setores terão mais prazo para utilizar seus créditos depois de contemplados.
Ontem, o Banco Central determinou que todo consorciado poderá retirar seu bem até 60 dias depois do último contemplado. Ou seja, no final do grupo.
O valor também poderá ser retirado em dinheiro, corrigido durante o período que ficou na administradora -caso o bem não tenha sido retirado dentro dos 60 dias de prazo depois do último sorteio, segundo o Banco Central.
Antes, o consorciado só recebia o valor do bem em dinheiro caso não existisse o produto no mercado.
Esta é outra medida para reduzir a pressão sobre a demanda de automóveis e eletroeletrônicos, por exemplo, segundo o técnico Fernando Noronha, do departamento de Normas do BC.
Antes da mudança feita ontem pelo BC, o consorciado tinha 60 dias para utilizar o crédito depois de contemplado. Caso não escolhesse o bem, era descontemplado e voltava para o grupo para esperar novo sorteio.
As novas regras valem a partir de hoje para novos grupos de consórcios e as mudanças podem ser adotadas em assembléia pelos grupos já existentes.
Prazo
Hoje, os consórcios de automóveis têm prazo mínimo de duração de 50 meses e máximo de 60 meses.
Por exemplo: com as novas regras um consorciado de um grupo de automóvel com prazo de 50 meses sorteado na primeira assembléia poderá retirar seu carro 52 meses depois e não será descontemplado.
A diferença do valor do automóvel entre a data da contemplação e a da retirada, por exemplo, deverá ser complementada pelo consorciado.
Essa regra já existia antes da mudança. Outro benefício da medida, segundo Noronha, é que retirando em dinheiro o consorciado pode comprar o modelo de automóvel ou de eletrodoméstico que desejar no mercado, não necessariamente o que estava comprando pelo consórcio.
A medida beneficia principalmente os consorciados de grupos de automóveis que terão mais prazo para esperar pelos novos modelos.

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