São Paulo, segunda-feira, 12 de fevereiro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
FHC desautoriza campanha pró-reeleição
DANIEL BRAMATTI
FHC considerou precipitada a iniciativa do presidente da Radiobrás, Maurílio Ferreira Lima, que lançou o Movimento Popular pela Reeleição de FHC, cujo objetivo seria angariar apoio à emenda junto à população. FHC deu sua opinião em jantar realizado anteontem à noite na casa do presidente do PFL, Jorge Bornhausen, em Brasília. PFL dividido O PFL está dividido em relação à emenda constitucional que permite a reeleição de FHC. A cúpula do partido vai se reunir hoje para discutir uma posição oficial sobre o assunto. Inocêncio Oliveira acha que a comissão especial que analisará a emenda só deve ser instalada no ano que vem. Para ele, a polêmica em torno do assunto neste momento pode atrapalhar o esforço da bancada governista para aprovar outras reformas constitucionais, como a previdenciária, a administrativa e a tributária. Essa não é a opinião do presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA). Segundo Inocêncio, Luís Eduardo defende a instalação da comissão "o quanto antes". "Já para o vice-presidente Marco Maciel, o melhor prazo é nunca, pois ele é contra a reeleição por princípio", disse o líder. O PSDB também deve tomar uma decisão oficial sobre o assunto em breve. Para o líder tucano na Câmara, José Aníbal (SP), a comissão pode ser instalada ainda neste semestre. "É a minha opinião pessoal", afirmou ele. Os pefelistas pretendiam discutir a reeleição com o próprio FHC, no jantar de anteontem. A intenção foi manifestada por Inocêncio e pelo líder do PFL no Senado, Hugo Napoleão, quando chegaram ao jantar. A avaliação generalizada, porém, foi que não havia "clima" para tocar no assunto. Embaixada Na reunião de hoje, os pefelistas também vão discutir o andamento das reformas previdenciária e administrativa e avaliar a conveniência de Jorge Bornhausen aceitar o convite para assumir a Embaixada do Brasil em Portugal. "A presença dele aqui seria fundamental neste ano, por causa das eleições", disse Inocêncio. O convite para o cargo foi feito no início do governo e recusado. O assunto voltou a ser cogitado por causa da decisão do ex-presidente Itamar Franco de deixar a embaixada. (Daniel Bramatti) Texto Anterior: Acordo de encargos será assinado amanhã Próximo Texto: Deputado paga dívida com 'pratos excepcionais' Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |