São Paulo, quarta-feira, 14 de fevereiro de 1996 |
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Na Câmara, 114 podem se aposentar em 98
MARTA SALOMON
O relator da emenda da Previdência, Euler Ribeiro (PMDB-AM), é um exemplo desse time que joga pela manutenção do atual sistema, criado 34 anos atrás e que garante uma aposentadoria mínima de R$ 2.080 depois de dois mandatos na Câmara ou um mandato no Senado. Nascido em julho de 1941, Euler exerce no momento seu segundo mandato e está para completar 55 anos -a nova idade mínima exigida em seu relatório para a aposentadoria dos parlamentares. Atualmente, o parlamentar pode se aposentar quando completa 50 anos, desde que tenha contribuído durante oito anos para o IPC (Instituto de Previdência dos Congressistas) com o equivalente a 10% de seu salário por mês (R$ 800). Outros 113 deputados, segundo levantamento feito pela Folha, teriam idade e "tempo de serviço" para se aposentar logo. Esse número cresce se forem computados os parlamentares que estão para completar oito anos de mandato e poderão receber o benefício assim que fizerem 55 anos. O principal defensor do fim do IPC já se beneficiou do sistema entre 1987 e 1991: o ministro da Previdência, Reinhold Stephanes, recebeu aposentadoria do IPC no intervalo entre o segundo e o terceiro mandatos na Câmara. Atualmente, mesmo licenciado na Câmara, Stephanes contribui com o IPC e poderá receber, a partir de 1998, uma aposentadoria de R$ 4.160, proporcional a 16 anos de mandato. Isso se o IPC sobreviver à reforma. Na proposta original, Stephanes propôs o fim do instituto. Texto Anterior: Presidente do IPC promove 'rebelião' Próximo Texto: Medeiros critica recuo no IPC Índice |
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