São Paulo, quarta-feira, 14 de fevereiro de 1996 |
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Após confiscos, CBF desiste de levar carne ao Pré-Olímpico
MARCELO DAMATO
Em 1994, às vésperas da Copa do Mundo, o Departamento de Agricultura dos EUA bloqueou a entrada de carne seca e linguiça que a CBF levara para preparar feijoadas para os jogadores. No ano seguinte, o governo uruguaio confiscou esses mesmos ingredientes quando o Brasil viajou a Punta del Leste para disputar as semifinais da Copa América. Nas duas primeiras fases da competição, a seleção ficou hospedada em território brasileiro. Por isso, só haverá café e feijão no avião da seleção, que parte hoje às 10h, em vôo fretado para Tandil, na Província de Buenos Aires, onde vão acontecer os jogos da primeira fase do Pré. O avião faz escalas em São Paulo e Mar del Plata, onde existe serviço de imigração. Em Tandil, há apenas um aeroporto militar. Segundo o médico Joaquim da Mata, que organiza o cardápio da delegação brasileira, serão levados 30 kg de café e 25 kg de feijão. Para ele, a Confederação Brasileira de Futebol baniu a carne da bagagem porque "existe uma lei internacional que proíbe levar produtos de proteína animal." Ontem, a CBF ainda discutia preparativos para a viagem. O presidente da entidade, Ricardo Terra Teixeira, teve uma reunião com o supervisor Américo Faria e com um representante da Varig, responsável pelo vôo. A Folha apurou que a seleção foi obrigada a fazer um vôo de quase três horas para ir de Brasília para Uberlândia, distantes cerca de 450 km, porque a CBF não conseguiu fretar um avião. Quando foi feito o pedido de fretamento, em novembro, não havia mais aeronaves disponíveis -desde julho, estavam comprometidas com viagens ligadas ao feriado de Carnaval. Texto Anterior: Direção atribui méritos a Telê Próximo Texto: Edmundo será julgado por agressão a santista Índice |
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