São Paulo, quarta-feira, 14 de fevereiro de 1996
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Polônia não julga líder que impôs lei marcial

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Após quatro anos, uma comissão especial do Parlamento polonês decidiu ontem arquivar o processo contra o ex-presidente Wojciech Jaruzelski por ter decretado estado de sítio no país, em 1981.
Segundo os parlamentares, não cabe a um tribunal estatal julgar a causa. Outros 16 líderes comunistas estavam inclusos.
O estado de sítio foi imposto, à época, para minimizar a força política do sindicato Solidariedade, presidido então por Lech Walesa.
O sindicato promovia greves pró-democracia. O governo decretou a lei marcial, que permitia prender qualquer cidadão. Com a medida, 8.000 poloneses foram presos, inclusive Walesa -que ficou dois anos na prisão.
Jaruzelski alegou que a medida fora tomada para evitar uma invasão soviética na Polônia. A ex-URSS temia perder a hegemonia comunista no Leste Europeu.
Lech Walesa, que deixou a Presidência da Polônia em dezembro passado, lamentou a decisão da comissão.

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