São Paulo, quarta-feira, 14 de fevereiro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Corte anula condenação de suposto "Monstro de Florença" à prisão

DO "THE INDEPENDENT"

Foi absolvido ontem o trabalhador rural Pietro Pacciani, 70, que se tornou conhecido como o "Monstro de Florença" pelo suposto assassinato e abuso sexual de sete casais que estavam namorando próximo à cidade italiana (região central do país).
Uma corte de apelação da cidade decidiu anular as acusações contra ele. Pacciani foi condenado à prisão perpétua em novembro de 1994, depois de nove anos de investigações e de seis outros suspeitos serem descartados.
Na prisão, Pacciani chorou ao saber de sua absolvição e foi libertado poucas horas depois.
O promotor Piero Tony, que na semana passada disse não haver provas suficientes contra o Pacciani, retirou ontem tudo o que disse e pediu ao juiz que admitisse a inclusão de novas provas no caso.
Ele queria incluir duas pessoas que teriam presenciado um dos assassinatos e poderiam identificar o trabalhador rural como o assassino. Elas seriam apenas chamadas "Alfa" e "Beta".
O juiz negou a inclusão, dizendo que era tarde demais e que não poderia incluir testemunhas que não queriam ser identificadas.
"Não podemos colocar 'Alfa' e 'Beta' para testemunhar. Isso não é uma aula de álgebra", disse o juiz Francesco Ferri.
Pela lei italiana, a promotoria pode apelar à Corte Suprema, mas lá não pode incluir novas provas.
Anteontem, foi preso o carteiro Mario Vanni, como suspeito de ser cúmplice de Pacciani em uma das mortes. Ainda não se sabia ontem se ele seria libertado com a absolvição do trabalhador rural.

Texto Anterior: Some mulher de líder da Coréia do Norte
Próximo Texto: Premiê indicado na Turquia tenta fazer coalizão com partido islâmico
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.