São Paulo, quarta-feira, 21 de fevereiro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Líder das Mães da Praça de Maio acusa polícia por agressão física
DENISE CHRISPIM MARIN
Ela sofreu um corte na cabeça (que resultou em três pontos), golpes de escudos e coronhas por todo o corpo. Jornalistas também disseram ter sido agredidos. Ela havia entrado no edifício para tentar contato com 250 estudantes presos na manhã de ontem, depois de uma manifestação contra a Lei de Ensino Superior, que restringe a autonomia das universidades públicas e permite a cobrança de mensalidades dos alunos. "Foi a primeira vez que me atacaram de maneira tão bruta", afirmou Hebe à Folha, pouco antes de encabeçar outro protesto contra a prisão dos estudantes. "Os policiais me atacaram como feras." Hebe preside a entidade que exige o esclarecimento do destino dos desaparecidos políticos, dentre os quais seus três filhos, durante o governo militar (1976-1983). O local onde foi agredida e onde estão presos os estudantes é um antigo centro de tortura. Quatro estudantes detidos, do grupo de esquerda Quebracho, foram acusados de envolvimento em incidentes anteriores e encaminhados ao juiz federal Manuel Blanco. Em Buenos Aires, estudantes organizaram um enterro simbólico da Presidência da Nação diante do Ministério da Educação. Exigiram a revogação da nova lei e a liberação dos companheiros detidos. Texto Anterior: Perdão provoca surpresa Próximo Texto: Traficante fazia visitas a sede de campanha de Samper, diz jornal Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |