São Paulo, quarta-feira, 21 de fevereiro de 1996
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Congresso aceita denúncias contra Samper e reabre investigações

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A comissão parlamentar que investiga o suposto financiamento da campanha eleitoral do presidente da Colômbia, Ernesto Samper, pelo cartel de Cali oficializou ontem a reabertura de seus trabalhos.
Após mais de quatro horas de reunião, 12 dos 15 membros aceitaram as provas colhidas pelo procurador-geral da República, Alfonso Valdivieso, que na semana passada acusou formalmente o presidente de quatro crimes, entre eles enriquecimento ilícito e fraude eleitoral.
No ano passado, a mesma comissão inocentou Samper (pronuncia-se Sampér), por falta de provas. Agora, a ela tem prazo de um mês (prorrogável para dois) para decidir se o caso será levado ao plenário da Câmara e depois ao Senado. Samper pode sofrer impeachment.
O presidente da nova comissão investigadora será mantido: o deputado Heyne Mogollón, do Partido Liberal -o mesmo de Samper. O presidente deve ser convocado para depor nos próximos dias.
Ontem, pela segunda vez em menos de um mês, presidentes das associações empresariais da Colômbia pediram a "saída temporária" de Samper, até que o processo contra ele esteja concluído.
Uma nova denúncia de contato de Samper com líderes do cartel foi noticiada ontem. Segundo o jornal "El Tiempo", o traficante de drogas Víctor Patiño visitou várias vezes a sede de campanha de Samper. A revelação foi feita pelo ex-tesoureiro da campanha, Santiago Medina, durante depoimento ao procurador Valdivieso.

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