São Paulo, segunda-feira, 26 de fevereiro de 1996
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Previdência volta a ser debatida

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA; DA REPORTAGEM LOCAL

O Congresso realiza amanhã e quarta-feira duas audiências públicas que devem reunir parlamentares e representantes da sociedade civil para debater a reforma da Previdência Social.
Amanhã, serão debatidas as propostas contidas no substitutivo do relator Euler Ribeiro (PMDB-AM) para os trabalhadores da iniciativa privada e para os servidores públicos.
Na quarta-feira, haverá discussão sobre o tema que acabou se tornando o mais polêmico da reforma: a aposentadoria dos parlamentares e o que fazer com o IPC (Instituto de Previdência dos Congressistas).
A realização de audiências públicas com entidades da sociedade civil e líderes sindicais foi uma reivindicação do presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho.
CUT
Apesar de Vicentinho seguir negociando, a CUT está dividida com relação a mudanças na Previdência e pretende discutir o impasse em praça pública.
As correntes mais radicais, que discordam de Vicentinho, convocaram um ato para amanhã, às 17h, no centro de São Paulo, contra o fim da aposentadoria por tempo de serviço.
Um dos organizadores, Jorge Martins, diretor de Política Sindical da CUT, explicou que o ato é o primeiro de uma série que deve acontecer no país a partir desta semana.
Os maiores sindicatos filiados à CUT não estão participando da organização.
Mesmo assim, Martins afirma que sindicatos de todo o país vão "ocupar" Brasília a partir do dia 6 de março, para quando está prevista a primeira votação da reforma previdenciária na Câmara.
Em Brasília, Vicentinho insistirá para que a mudança da aposentadoria por tempo de serviço para aposentadoria por tempo de contribuição não prejudique os trabalhadores.

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