São Paulo, segunda-feira, 26 de fevereiro de 1996 |
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Brasil e Argentina finalizam acordo nuclear
SÔNIA MOSSRI
Também será acertada a realização de manobras militares conjuntas na faixa de fronteira do Rio Grande do Sul. "Precisamos aumentar a cooperação com o Exército brasileiro", disse Camillion à Folha. O presidente Fernando Henrique Cardoso já conversou com seu colega argentino, Carlos Menem, sobre a implementação do acordo de cooperação nuclear, que deverá ser assinado ainda em 1996. O principal interesse da Secretaria de Assuntos Estratégicos, brasileira, é na área de geração de energia nuclear. O Palácio do Planalto acha que a Argentina está mais avançada do que o Brasil no desenvolvimento da tecnologia de geração. A Argentina tem duas usinas nucleares em funcionamento -Atucha 1 e Atucha 2. A privatização das duas centrais está sendo estudada pelo governo argentino. Em janeiro, FHC assinou acordo de cooperação nuclear com a Índia. A busca de um acordo com a Argentina coincide com projeto de reiniciar a montagem da usina nuclear Angra 2. Camillion reúne-se hoje com os ministros Mauro César Rodrigues (Marinha), Zenildo de Lucena (Exército) e Luiz Felipe Lampreia (Relações Exteriores), e com o secretário de Assuntos Estratégicos, Ronaldo Sardenberg. Amanhã, encontra-se com o chefe do Estado Maior das Forças Armadas, Benedito Onofre Bezerra Leonel, e com o ministro da Aeronáutica, Lélio Vianna Lobo. Camillion disse que também discutirá uma posição comum sobre o combate ao narcotráfico para ser levada à 2ª Reunião de Ministros da Defesa da América, marcada para outubro, em Bariloche (Argentina). "Brasil e Argentina não querem envolver suas Forças Armadas nisso, mas não podemos esquecer que outros países latino-americanos têm problemas com o narcotráfico", disse o ministro. Texto Anterior: 'Patricinhas de esquerda' entram na disputa Próximo Texto: Secretário da ONU chega a SP amanhã Índice |
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