São Paulo, segunda-feira, 26 de fevereiro de 1996
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Bad Religion tem coletânea e álbum novo lançados nos EUA

DA "SPIN"

O Bad Religion acaba de ter dois discos lançados nos EUA: "All Ages", pela gravadora Epitaph, e "The Gray Race", pela Atlantic.
A banda é genuinamente punk. Em uma década e meia de carreira, eles lançaram dois EPs e nove álbuns pelo selo Epitaph, exceto por "Stranger Than Fiction" de 94 e este "The Gray Race", lançados pela Atlantic.
Pelo padrão punk, essa é uma variação grande demais. Maior que a variação do Bad Religion.
Com uma única exceção, todos os discos deles soaram, se não exatamente iguais, então marcantemente parecidos.
As cordas são o padrão hardcore, o andamento é um pouco menos frenético que o ideal, as harmonias vocais e as guitarras são adulterações pop comuns a todas as bandas punks que têm nome e história.
Apesar de as melodias nunca serem instantâneas e raramente "pegarem", elas chegam aos ouvidos como clássicas, por que são pontuadas pelo timbre do vocal de Greg Graffin. Aliás, o ataque vocal dele é a marca registrada da banda.
"All Ages" é uma coletânea com 22 músicas de vários discos. Não provoca amor à primeira audição. Mas tem muita força.
Já "The Gray Race" é um disco fantástico para uma banda que perdeu as composições do guitarrista Brett Gurewitz, que saiu do grupo em 1994 para cuidar da Epitaph em período integral. Isso só prova que a voz e a visão de Graffin é o que realmente define a banda.
Quatro das músicas desse disco -não incluindo nenhuma das quatro que foram compostas em parceria com o guitarrista Brian Baker, que substituiu Gurewitz- iriam se encaixar perfeitamente na coletânea "All Ages".

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