São Paulo, segunda-feira, 26 de fevereiro de 1996
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Explosão dilacerou corpos

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A explosão de ontem em Jerusalém aconteceu no mais movimentado terminal de ônibus da cidade -o da rua Jaffa-, em um dos mais movimentados momentos da semana -a manhã de domingo.
Nesse cenário, os 10 kg de explosivos tiveram tal efeito que espalharam parte dos corpos por todo o quarteirão. As autoridades israelenses se surpreenderam ao encontrar um membro humano junto a uma janela no quinto andar de um prédio.
Sigalit Bareket, 25, dona do apartamento, disse que havia muita fumaça e cheiro de carne queimada -por causa dos corpos carbonizados das vítimas. Seu marido, Alon, precisou sair à procura de policiais para retirar o pedaço de cadáver de sua janela.
A explosão foi ouvida em toda a cidade. A polícia disse que o explosivo tinha pregos e bolas de metal para aumentar os danos.
"Foi como se todo o país fosse pelos ares", disse Yosef Nehemiah, 72, morador do nono andar do prédio.
Em Ashquelon, a explosão atingiu um ponto de ônibus onde as pessoas pediam carona -a maioria soldados.
"O corpo de uma soldada atingiu meu carro, a cabeça foi para um lado, o corpo para outro", disse uma testemunha.
A polícia identificou o autor do atentado de Ashquelon, um dos dois mortos. Era Ahmad Shahin, 23, estudante da universidade Islâmica de Gaza. Ele vestia uma farda israelense. O autor do outro atentado não foi identificado.

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