São Paulo, quarta-feira, 28 de fevereiro de 1996
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Rompimento anunciado; Banco de luxo; Bandeira nacionalista; Decisão fatal; Em cima da hora; Lance antecipado; Direito de espernear; Esqueçam o que eu disse; Gato escaldado; Trocando experiências; Omissão federal; Corte na carne; Escolinha parlamentar; Clube da Luluzinha; Troca de chumbo; Contra-ataque

Rompimento anunciado
Itamar Franco não pretende esquentar cadeira na OEA. Ele já acertou com os amigos da turma de Juiz de Fora que em julho desembarca no país e começa a trabalhar contra a reeleição de FHC.

Banco de luxo
Precisando de tempo para a articulação política, Itamar sugeriu ao Itamaraty a indicação de um embaixador para ficar a seu lado na OEA. Seu preferido é o cônsul em Nova York, Marcos de Vicenzo. A chancelaria torceu o nariz.

Bandeira nacionalista
A privatização da Vale do Rio Doce será o divisor de águas entre Itamar e FHC. Junto com outros mineiros, como Aureliano Chaves, Itamar promete fazer campanha contra a venda da empresa.

Decisão fatal
A participação da Vale do Rio Doce no leilão de arrendamento do trecho Bauru-Corumbá da RFFSA será decidida hoje pelo TCU. Ministros do tribunal acham que a Vale só poderia entrar no leilão com autorização do Senado.

Em cima da hora
Se o TCU exigir autorização do Senado para a Vale participar do leilão da RFFSA, a decisão deixará a empresa fora do negócio. O leilão será no dia 5 de março e a pré-qualificação amanhã. Não haverá tempo para mais nada.

Lance antecipado
O relator Moreira Franco (PMDB-RJ) marcou com as centrais sindicais reunião em São Paulo no dia 8 de março para discutir a reforma administrativa. Estarão presentes apenas parlamentares e sindicalistas.

Direito de espernear
Não surtiu efeito no Planalto a afirmação de Bresser Pereira de que a reforma administrativa passa por ele. Passa, sim; mas com papel coadjuvante. A palavra final do governo será de FHC -transmitida por Luiz Carlos Santos.

Esqueçam o que eu disse
Em encontro ontem com senadores, FHC insistiu que suas declarações no México foram mal- interpretadas. Disse que, na realidade, defendeu os partidos políticos e que considera "normal" a prática do lobby.

Gato escaldado
Aldo Rebelo (PC do B-SP) propõe hoje ao presidente do TSE, Carlos Velloso, que seja fixado limite para os gastos de publicidade do governo neste ano eleitoral. A previsão de gasto de 96 é 46,9% maior que a do ano passado.

Trocando experiências
Maluf recebe hoje à tarde o presidente do Peru, Alberto Fujimori. Auxiliares do prefeito brincam, dizendo que, apesar de ter vontade algumas vezes, Maluf não pretende fechar a Câmara Municipal.

Omissão federal
O "escândalo do Nacional" uniu ontem oposição e governistas no Congresso. Avaliação de um aliado de FHC: "O BC é o responsável por tudo. Ajuda a maquiar balanços, depositando e retirando dinheiro de bancos falidos".

Corte na carne
Líderes governistas acham que o Planalto deve dar punição exemplar ao "escândalo do Nacional", sob pena de perda de credibilidade do BC e, por tabela, das reformas. Acreditam que o caso revela descaso pelo dinheiro público.

Escolinha parlamentar
A reunião ontem de líderes na Câmara para discutir o polêmico IPC teve um clima colegial. O presidente da Casa, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), usou um sino para chamar a atenção dos deputados que faziam confusão.

Clube da Luluzinha
Ruth Cardoso almoça em Brasília com as 33 deputadas e 6 senadoras do Congresso no dia 7 de março. Articulado por Zulaiê Cobra (PSDB-SP), a reunião contará ainda com representantes de entidades de mulheres de todo o país.

Troca de chumbo
Referindo-se a Chico Malfitani, que deve trabalhar para Rossi na eleição em São Paulo, Aloízio Mercadante diz: "O que prejudica o PT são os militantes de holerite, que, quando perdem o emprego, abandonam a convicção política e servem aos servos de Collor".

Contra-ataque
Segundo Chico Malfitani, "foram os aliados de Mercadante que inviabilizaram" seu trabalho na gestão de Erundina em São Paulo e que recusaram ajuda quando ela disputou o Senado. "Não sei porque se preocupam comigo, se dizem que sou incompetente."

TIROTEIO
De Roberto Campos (PPB-RJ), sobre a recusa do presidente do STF, Sepúlveda Pertence, em receber o presidente do Peru, Alberto Fujimori:
- O petista Sepúlveda Pertence incorporou-se à esquerda burra. Recusou-se a receber o presidente Fujimori, que foi eleito duas vezes e salvou o Peru do terrorismo e da inflação; e admira Fidel Castro, que nunca foi eleito e arruinou a economia cubana.

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