São Paulo, quarta-feira, 28 de fevereiro de 1996 |
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Avenida vira rio de 2 m de profundidade
MALU GASPAR
A extensão do alagamento, que cobriu também as avenidas Chafik Maluf e Águas Espraiadas, foi calculada por operadores da CET em cerca de 1,5 km. Na Roque Petroni Jr., em frente ao shopping, um caminhão transportava pessoas que precisavam atravessar a avenida para trabalhar. O motorista do caminhão, Geraldo Lourenço, afirmou ter carregado mais de 80 pessoas. Uma delas foi o contador Antonio Soares, 38. Soares parou o carro no início do alagamento e andou cerca de 1 km na chuva, tentando chegar ao shopping. Depois, teve de recorrer ao caminhão para chegar ao outro lado. O bombeiro Walter Jorge Filho, que trabalha há oito meses no Morumbi, disse já ter enfrentado cinco enchentes neste ano. Ele contou que ontem os bombeiros resgataram uma pessoa que foi derrubada pelas águas e machucou a cabeça. No Brooklin Novo, próximo ao córrego Água Espraiada, a água subiu cerca de 30 cm e inundou várias casas. O contador Antonio D'Aloisio, que há 30 anos mora em um sobrado na esquina das ruas Castilho com Conceição do Monte Alegre, disse que as enchentes só começaram com as obras para a construção da av. Água Espraiada. Segundo D'Aloisio, na última enchente, ocorrida em janeiro, a água chegou a 1,20 m, destruindo móveis e deixando um prejuízo calculado em R$ 30 mil. O contador disse que vai processar a prefeitura e pedir indenização. Texto Anterior: Manifestação agiliza trâmite de projeto Próximo Texto: Enchente invade hospital Índice |
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