São Paulo, quarta-feira, 28 de fevereiro de 1996
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Água invade casas na avenida Aricanduva

CRISPIM ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

Na zona leste, o córrego Aricanduva transbordou e invadiu a avenida do mesmo nome. A água atingiu 1,5 m de altura em alguns pontos, invadiu casas e deixou vários carros ilhados. Alguns foram totalmente encobertos.
A CET foi obrigada a fechar o acesso à avenida e às ruas transversais, complicando a situação de quem pretendia ir à região. As avenidas Conselheiro Carrão e Salim Farah Maluf, opções possíveis, ficaram com o trânsito completamente parado.
A marginal Tietê parou. Da ponte da Vila Guilherme, a Folha demorou mais de uma hora para chegar à avenida Aricanduva, através de caminhos alternativos por ruas secundárias do Tatuapé. Em condições normais, o trajeto pela marginal Tietê levaria 15 minutos.
Acostumados às enchentes, os moradores da região passaram a limpar suas casas assim que a água começou a baixar, por volta das 17h.
Ao longo da avenida, vários carros, invadidos pela água, foram abandonados. "O negócio aqui foi feio. Fiquei pasmo", afirmou Hernando Gomes da Silva, cobrador de um ônibus que enfrentou a enchente, mas não conseguiu passar.
Perto do cruzamento com a avenida Itaquera, o cenário era uma síntese das consequências do transbordamento do córrego. Cerca de 20 veículos estavam parados no meio da lama, com seus motoristas esperando socorro.
A confusão foi grande. Um Chevette foi arrastado para cima da grade de proteção. "Carros boiaram e gente passou mal. Foi a pior cheia do ano", disse Álvaro de Godoy, comerciante da região, que assistiu tudo. Sua loja, como todas da avenida, fica cerca de dois metros acima do nível da rua.

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