São Paulo, quarta-feira, 28 de fevereiro de 1996
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Mercado publicitário deve crescer este ano

DA REPORTAGEM LOCAL

Alguns dos maiores anunciantes do país acreditam que o desempenho do mercado publicitário pode repetir este ano os resultados de 1995, quando houve crescimento de 29,8%.
As previsões foram feitas ontem em almoço que reuniu cerca de 600 pessoas ligadas ao mercado publicitário no novo Centro Tecnológico Gráfico-Folha, em Tamboré (a 35 km do centro de São Paulo).
O CTG-F permitirá que a Folha amplie o número de páginas coloridas. Na edição São Paulo, 75% das páginas serão coloridas, um recorde entre os diários de grande circulação no mundo.
No ano passado, segundo pesquisa do Instituto Nielsen, especializado no mercado publicitário, o segmento de anúncios movimentou US$ 8,6 bilhões.
"A tendência é de crescimento", diz Otoniel Pelizario, 50, gerente de mídia do grupo Pão de Açúcar.
O grupo investiu US$ 20 milhões em publicidade no ano passado e deverá aumentar a verba para US$ 25 milhões em 96.
No Pão de Açúcar, a estratégia é dividir o dinheiro entre televisão e jornais. "Na TV, despertamos o cliente para duas ou três ofertas. Nos jornais, chegamos a ter mais de cem", diz Pelizario.
A rede Mappin deve reforçar em 96 o uso de encartes com ofertas em jornais para atrair clientes.
"Este tipo de mídia seduz os consumidores por ter formato e cores diferentes", diz Sérgio Orciuolo, subdiretor de promoções do Mappin. Em 96, a empresa investirá US$ 30 milhões em publicidade.
Luiz Veríssimo, 35, diretor de operações do grupo Eldorado, disse que a estratégia para 96 é concentrar toda a verba de R$ 6 milhões em uma campanha unificada para toda a rede de supermercados.
Em 95, segundo o Instituto Nielsen, o varejo investiu 28% do total da verba dos anunciantes em todo o ano (US$ 8,6 bilhões).
Segundo a Nielsen, a preferência do setor varejista é anunciar em jornais. Dos US$ 2,4 bilhões destinados à publicidade, 56% ficaram com este meio.
Na média do ano passado, os jornais mantiveram participação de 35% no total da verba dos anunciantes (veja quadro ao lado). Nos últimos anos, esta participação tem crescido gradualmente. Em 1986, era de 24%.

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