São Paulo, quinta-feira, 29 de fevereiro de 1996
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Tom Jobim ganha Grammy póstumo

DA REDAÇÃO; COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Maestro vence na categoria jazz latino
"Antonio Carlos Brasileiro", último disco de Tom Jobim (1927-1994) recebeu ontem o Grammy na categoria jazz latino. O prêmio é o mais importante na área musical nos EUA.
No Brasil, "Antonio Carlos Brasileiro" foi lançado em novembro de 1994, um mês antes de Tom morrer, e quebrou um hiato de sete anos sem gravar.
A última premiação de um artista brasileiro no Grammy havia ocorrido há quatro anos, quando o compositor Sérgio Mendes recebeu o prêmio de melhor disco de "world music".
"Antonio Carlos Brasileiro" traz diversas participações especiais, como o cantor Sting, que canta "How Insensitive", versão para "Insensatez".
Na toada "Samba de Maria Luiza", Tom brinca, dividindo os vocais com a filha caçula.
O disco traz homenagens a alguns dos músicos que influenciaram Tom. Dorival Caymmi, por exemplo, surge cantando o samba "Maricotinha". O maestro Radamés Gnattali é brindado com duas músicas, as bossas "Meu Amigo Radamés" e "Radamés e Pelé".
A pianista Eliane Elias, que vive há 15 anos nos EUA, concorria ao prêmio de melhor solista instrumental de jazz pelo disco "Solos and Duets".
Ela perdeu a disputa para o saxofonista Michael Brecker, com o disco "Impressions". A cantora canadense Alanis Morissete, que concorria em seis categorias, levou dois troféus para casa, melhor música de rock e melhor álbum de rock, com "Jagged Little Pill".
Tom Petty recebeu o prêmio de melhor cantor de rock com "You Don't Know How It Feels". Allman Brothers Band ganhou a categoria de rock instrumental com "Jessica". O melhor disco de heavy metal foi "Happiness in Slavery", do Nine Inch Nails. "MTV Unplugged in New York", do Nirvana, levou o prêmio de música alternativa.

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