São Paulo, domingo, 3 de março de 1996
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Tribos costumam oferecer resistência

ALEXANDRE SECCO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os grupos isolados costumam oferecer resistência à aproximação. Na Amazônia, a Funai está tentando manter contato com um grupo koburo muito agressivo.
Eles não usam arco e flecha. Defendem-se com uma espécie de porrete e por essa razão são conhecidos por caceteiros. A Funai tem relatos da morte de madeireiros em confronto com os koburos.
Também na Amazônia é conhecida a existência de um grupo isolado de índios ianomâmis. Eles ainda usam instrumentos de pedra, como machados.
O contato com esses grupos segue o modelo clássico da troca de presentes. A retribuição da oferta é sinal de que o contato é desejado.
Localizado o grupo, os sertanistas deixam facões, miçangas e outros objetos. Depois, os sertanistas aguardam a reação dos índios. Alguns grupos aceitam os presentes, outros aceitam e retribuem.
O contato é definitivamente estabelecido depois que os sertanistas são convidados a conhecer o local onde moram os índios.
O sertanista Wellington Figueiredo, que já dirigiu o Departamento de Índios Isolados da Funai, diz que o primeiro contato é tenso.
Ele já participou de expedições em que a equipe foi atacada a flechas pelos índios.
(AS)

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