São Paulo, domingo, 3 de março de 1996
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Governo não ignora queda

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Saúde, Adib Jatene, disse à Folha que houve realmente queda nos gastos com saúde nos últimos anos. "Estamos recuperando, mas ainda não chegamos aos níveis que já tivemos", afirmou.
Segundo Jatene, que também foi titular (em 1990) do Ministério da Saúde durante o governo Collor, o ministério herdou o Inamps, mas sem o dinheiro das contribuições que o órgão recebia quando pertencia à Previdência.
Para o ministro da Educação, Paulo Renato Souza, "o gasto social no Brasil não é pequeno, mas beneficia mais os setores médios do que a população mais pobre."
Ele cita dados do Bird (Banco Mundial), comparando os gastos públicos na área social no Brasil e no Chile. Lá, 36,3% dos gastos sociais se destinam ao segmento mais pobre da população, e 4% do gasto beneficia os mais ricos. No Brasil, 15,5% dos gastos sociais se destinam à população mais pobre, e 20,9%, aos ricos.
"Hoje gastamos mais porque priorizamos melhor", avalia.

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