São Paulo, domingo, 3 de março de 1996
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Boné vira relíquia

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE; MAURO TAGLIAFERRI
DA REPORTAGEM LOCAL

Item famoso da "memorabilia" da F-1, o boné azul de Ayrton Senna se tornou marca registrada do tricampeão mundial. E exemplo de como um contrato de patrocínio pode ganhar dimensões planetárias, mesmo que não tenha sido elaborado com essa finalidade.
Até hoje, em qualquer circuito do mundo, ela está presente nas cabeças de fãs e torcedores. Intriga o fato de ele não vender -ou não ter vendido- nada para o público não brasileiro da categoria.
O Banco Nacional, antes mesmo de sua extinção, tinha pouquíssimos negócios fora do país. Nada que justificasse tanta exibição.
Na verdade, até o preço que Senna cobrava não era real. A versão oficial diz que o piloto era grato à empresa, pois ela o apoiou no início da carreira.
Outra, porém, prova que a genialidade do piloto não se limitava às pistas. Associado a algo sem referência fora de seu país, Senna vendia lá sua própria imagem e, mais tarde, sua própria marca. Um mecanismo com muito mais retorno financeiro do que um patrocínio.
(JHM e MT)

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