São Paulo, domingo, 3 de março de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Carnaval evidencia maior violência de SP

ROGERIO WASSERMANN
DA REPORTAGEM LOCAL

A violência no Carnaval de São Paulo neste ano superou a do Carnaval carioca.
Tanto em números absolutos como em proporção ao número de habitantes de cada uma das duas cidades, a capital paulista registrou mais assassinatos do que o Rio.
Em São Paulo, aconteceu 1,067 assassinato para cada 100 mil habitantes nos cinco dias do Carnaval.
No Rio de Janeiro, esse número caiu para 0,556 homicídio para cada 100 mil habitantes.
Proporcionalmente, São Paulo teve 92% mais homicídios do que o Rio de Janeiro no Carnaval.
Em números absolutos, São Paulo bate o Rio por 106 a 31, ou seja, teve 3,42 vezes mais assassinatos.
Em São Paulo aconteceu, em média, um assassinato a cada 1,77 hora. No Rio, houve em média um assassinato a cada 3,87 horas.
Os números de homicídios foram divulgados pelas Secretarias de Segurança Pública dos Estados, considerando um período de 120 horas entre a sexta anterior ao Carnaval e a Quarta-Feira de Cinzas.
Em São Paulo, a contagem começou às 7h da sexta, dia 16, e terminou às 7h da quarta, dia 21. No Rio, a secretaria iniciou a contagem à 0h da sexta e terminou à 0h de quarta.
Para a comparação proporcional entre o número de homicídios nas duas cidades, foi tomada como base a população estimada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 1994, baseada no censo realizado em 1991.
Comparativamente com o ano anterior, o número de assassinatos na Grande São Paulo durante o Carnaval aumentou 17,54%. No Rio, que registrou 118 homicídios em 1995, houve uma queda de 19%.

Texto Anterior: São Paulo alcança Rio em homicídios
Próximo Texto: Crime cresce 25% este ano em relação ao início de 95
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.