São Paulo, domingo, 3 de março de 1996 |
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"Gentleman" sofre assédio em casa para idosos ingleses
FLAVIO CASTELLOTTI
Corado, ele admite ser o "bom partido" da casa, mas diz que não pensa em se casar de novo. Filho de ingleses, Sadler nasceu no Brasil em 1913. Ele estudou economia e fez carreira na Alpargatas. Sua única filha mora no Canadá. "Prefiro ficar no Brasil, o clima lá é muito frio", explica. Com 83 anos de idade, viúvo e educado em Horslam (Inglaterra), "ele é um verdadeiro gentleman", diz a moradora mais velha da casa, Suzana Pullon, 102. Nascida em 1894, na Argentina, a neta de ingleses conta que foi tornando-se cada vez mais britânica, principalmente depois que se casou com um inglês. Suzana veio para o Brasil em 1932, pois seu marido foi convidado para trabalhar numa multinacional norte-americana que se instalava no país. Hoje tanto Suzana como Sadler se dizem satisfeitos na Staecy House. "Tem até chá com biscoitos", comentam. O tradicional "chá das cinco" é servido pontualmente às 15h30 todas as tardes. "Às 17h, eles já estão pensando no jantar", diz Robert Backer, administrador da casa. O lugar reflete as características mais comuns de uma moradia inglesa: sala de estar com lareira e poltronas aveludadas, sala de jantar forrada de lambri com fotos da família real britânica, quartos acarpetados e um jardim com roseiras. (FCs) Texto Anterior: Estrangeiros mantêm asilos especiais Próximo Texto: Doação sustenta entidades beneficentes Índice |
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