São Paulo, segunda-feira, 4 de março de 1996 |
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Imóvel em zona mais perigosa perde valor
ROGERIO SCHLEGEL
Bom exemplo disso é a casa de dois dormitórios da rua Bonomini, 293, no Jardim Fim-de-Semana. Ela foi posta à venda há três meses por R$ 40 mil e a melhor proposta que apareceu até a última sexta-feira foi de R$ 35 mil. A casa possui duas salas, cozinha, dois banheiros, dependências de empregada e uma vaga na garagem. Ali, as placas da imobiliária colocadas na frente do imóvel são frequentemente roubadas. A 500 metros do local, na rua Francisco Xavier de Abreu, 248, está à venda uma casa também de dois dormitórios, mas com padrão de acabamento ligeiramente inferior e sem quarto de empregada -embora com duas vagas para carros. O proprietário está pedindo por ela R$ 90 mil. Detalhe importante: esta fica no Jardim Monte Azul, considerado menos violento. "Acho até que está um pouco alto para o mercado. Mas se colocarmos o preço em R$ 55 mil tenho certeza de que vendemos rápido", afirma Osmar de Paula, dono da Imobiliária Incapre, que atua há 25 anos na zona sul. Ele afirma que a diferença de preços entre uma casa situada em uma zona "boa" e outra violenta gira em torno dos 30%. O corretor lembra ainda o caso de imóveis que administra no Jardim Independência, onde as placas, se não são roubadas, ficam velhas "de tanto que demora para vender". "É por isso que nós, das imobiliárias, evitamos pegar casas de lugares micados." (RSc) Texto Anterior: "Efeito Bronx" ameaça a zona sul de SP Próximo Texto: Chacina deixa casa 'micada' Índice |
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