São Paulo, segunda-feira, 4 de março de 1996 |
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Vermelho de Edmundo reequilibra jogo
TONI ASSIS; HUMBERTO SACCOMANDI
Ao Corinthians, resta agora solucionar a sua crise interna e lamentar a expulsão de Edmundo, que acabou com as chances de seu time na partida que o distanciou dos líderes do campeonato. O medo de perder o clássico para o Palmeiras tirou do Corinthians a chance de sair de Presidente Prudente com mais três pontos na tabela de classificação. O técnico corintiano, Eduardo Amorim, tentou arrumar o time colocando três volantes para conter o ataque adversário. A tática não deu certo. A falsa impressão de que o Corinthians seria um time ofensivo ficou apenas na tentativa isolada de Edmundo, que, na saída de bola, tentou sem muito sucesso chegar à área palmeirense. O Palmeiras começou a partida em alta velocidade e saiu na frente a 1min, com o gol de Djalminha. Ele recebeu cruzamento rasteiro de Cafu pela direita e chutou forte. Grande parte dos torcedores não viu o gol do Palmeiras porque o vento forte levou a fumaça dos fogos de artifício para o campo. Além da escalação de três volantes, o Corinthians pagou caro pela improvisação de Carlos Roberto na lateral esquerda. Por esse setor, os palmeirenses Cafu e Luizão criaram as melhores chances de gol. O Palmeiras dominou todo o primeiro tempo. Acuado, o Corinthians só teve uma boa oportunidade num chute de meia distância de Marcelinho. Edmundo se perdeu junto com a apatia da equipe e facilitou a marcação para a defesa palmeirense. O segundo gol, marcado por Júnior, mostrou a fragilidade da defesa corintiana. Aos 25min, o lateral passou por Edinan e cruzou. A zaga rebateu, mas a bola acabou novamente nos pés de Júnior, que, sozinho, chutou rasteiro, cruzado, batendo o goleiro Ronaldo. No segundo tempo, a entrada de Tupãzinho no lugar de Júlio César deu poder ofensivo ao Corinthians. O time cresceu mais ainda com a expulsão de Djalminha, aos 9min, após falta em Zé Elias. Edmundo deu esperança à torcida corintiana logo depois, aos 12min, completando para o gol cruzamento da esquerda. Dois minutos depois, porém, jogou uma ducha de água fria em sua equipe. O atacante agrediu o zagueiro Sandro e foi expulso. O time do Parque São Jorge continuou criando mais oportunidades, mas esbarrava na boa atuação de Velloso. O Palmeiras recusou e passou a jogar nos contra-ataques. Foi assim que conseguiu definir a vitória, já no final. Cafu cruzou para a área e Célio Silva fez contra. (TA e HuSa) Texto Anterior: Irritados, corintianos agridem jornalistas Próximo Texto: Portuguesa usa o segundo tempo para bater Botafogo Índice |
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