São Paulo, terça-feira, 5 de março de 1996
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Advogado quer processar os ex-donos do banco por perdas

ELVIRA LOBATO
DA ENVIADA ESPECIAL AO RIO

O contador e advogado Humberto Marcelino Ferreira, 54, que há 35 anos mantém o Escritório Horizonte Contábil no centro de Duque de Caxias (na Baixada Fluminense) está decidido a processar a família Magalhães Pinto por perdas e danos.
Sua empresa figura no disquete em poder do Banco Central como devedora de R$ 16,81 milhões ao Banco Nacional, por conta de dois contratos de empréstimos contraídos em 1987 e que nunca teriam sido pagos.
Marcelino mostrou à Folha os comprovantes de que saldou o primeiro contrato em 1989 e o segundo em dezembro de 1991.
O primeiro contrato foi liquidado por meio de depósito judicial na agência no Banerj de Duque de Caxias, no dia 2 de janeiro de 89. O contador conseguiu isenção de correção monetária, baseado no artigo 47 das Disposições Transitórias da Constituição de 88, que anistiou os micro e pequenos empresários e produtores rurais.
Seu débito foi liquidado pelo equivalente, na época, a US$ 1.567.
O segundo contrato foi quitado por acordo judicial, pelo equivalente a US$ 9.569. O termo de quitação -do total do débito e das custas judiciais- foi assinado em 20 de dezembro de 91, pelo advogado do Nacional Jairo Moreira Troccoli.
"Estou chocado ao ver minha empresa na lista dos devedores. Isso só pode ter sido feito por má-fe ou por total desorganização. Lançar débitos em nome de antigos e pequenos devedores é um golpe sem nenhuma sofisticação", afirmou.
(EL)

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