São Paulo, terça-feira, 5 de março de 1996
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Aviões são fiscalizados uma vez por ano

DA REPORTAGEM LOCAL

Os aviões brasileiros são fiscalizados uma vez por ano pelo DAC (Departamento de Aviação Civil). Durante 12 meses, os responsáveis pela manutenção das aeronaves são os seus proprietários.
No sábado, o avião que transportava o grupo Mamonas Assassinas explodiu ao se chocar contra a serra da Cantareira (zona norte). Os cinco integrantes do grupo -e outras quatro pessoas- morreram.
"Temos 10.500 aviões no país. Seria impossível e desnecessário aumentar o intervalo dessa inspeção oficial. No decorrer do ano, realizamos vistorias especiais, uma espécie de blitz, para checar as condições dos aviões", disse o diretor da Seção de Vistorias do Serac-4 (Serviço de Aviação Civil), Wanderley Costa, órgão ligado ao DAC.
Segundo o chefe do Serac-4, coronel Juan Henrique Vergara, os proprietários são responsáveis por cumprir as exigências. "O avião pode ser revisado em oficina própria de sua empresa ou em uma oficina homologada pelo DAC."
Após um ano de operação, o proprietário da aeronave preenche a ficha anual de manutenção e a entrega ao Serac, que analisa o procedimento de manutenção nos últimos 12 meses. "O dono de um avião dificilmente deixa de cumprir as exigências. Caso contrário, seu avião fica proibido de voar", disse Luiz Carlos Morganti, 42, gerente de manutenção da empresa.
No caso dos aviões Learjet, como o que transportava os Mamonas, elas são feitas após 300, 600 e 1.200 horas de vôo. Aos 12 anos ou 7.200 horas de vôo, os Learjet passam por sua vistoria mais minuciosa. A investigação sobre o acidente com os Mamonas acaba em 90 dias.

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