São Paulo, segunda-feira, 11 de março de 1996 |
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Rota mata 35% menos nos últimos seis meses em SP
ROGERIO SCHLEGEL
Foram 34 mortes de março a agosto de 95, contra 22 entre setembro de 95 e o mês passado. Em setembro, o comando da Rota definiu novas regras para afastar das ruas PMs que se envolvam em mortes -e também violação de domicílio, violência arbitrária e constrangimento ilegal. O policial passa a fazer serviços administrativos se tiver 4 dessas ocorrências em 4 anos, 3 em 1 ano ou 2 em seis meses. Ele fica afastado o tempo necessário para deixar de se enquadrar nesses casos. Apesar da queda recente, o número de mortos pela Rota cresceu 69,2% no ano passado, comparado com 94 (66 mortes contra 39). Explicações Para o subcomandante da Rota, major Alberto Silveira Rodrigues, 44, as novas regras para afastamento não são o único motivo para haver menos mortes. "Desde 93, temos mudado a forma de atuar. Passamos a fazer mais ações preventivas, como vistoriar carros, em lugar de atender apenas chamadas de roubo a banco ou com reféns, por exemplo", diz. Outra razão seria o limite criado para a ação de cada carro da Rota. Antes, tinha autonomia para cruzar a cidade. Agora, é designado para determinada área e não pode sair dela. O major não sabe precisar quantos foram afastados desde setembro, mas diz que hoje são 24 PMs e o recorde foi de 28, no final de 95. Ele atribui o aumento de mortes em 95 à "maior efetividade" das ações da Rota. Críticas Para os críticos do afastamento, a queda recente nas mortes se deve à omissão dos PMs, que estão evitando se envolver em confrontos. "O aumento do número de homicídios na Grande São Paulo é a melhor prova disso. Para o PM, o afastamento da rua é uma punição", afirma o deputado estadual Conte Lopes (PPB). O deputado disse não ter números que provem que os policiais estejam se omitindo. "O que tenho são muitas pessoas me procurando para reclamar que a polícia não faz nada", diz. Para o major Rodrigues, os PMs da Rota "ficaram ressabiados" com as novas regras, mas hoje elas estão "plenamente aceitas". Texto Anterior: Discussão confunde moradores da cidade Próximo Texto: Olimpíada é a vovó Índice |
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