São Paulo, domingo, 17 de março de 1996
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Vazamentos e juros são alvos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Hoje, o BC está no centro de um tiroteio que envolve as mesmas críticas no governo Itamar: falta de transparência, trânsito de executivos com o mercado financeiro, suposta complacência com bancos privados e política de juros altos.
Parte dessas críticas é fácil de entender. No BC se administra o coração do plano de controle inflacionário que elegeu FHC presidente -dólar em baixa e juros em alta. É natural que as críticas ao governo se dirijam ao BC.
Mas os problemas do BC com o mundo político devido ao sigilo de suas informações independem da conjuntura econômica. Como novidade, no governo FHC o BC passou a ser criticado também por deixar vazar informações e o presidente a achar preferível não ser informado pelo BC.
Foi o que aconteceu nos episódios da pasta rosa -quando a base política do governo exigiu saber do BC quem havia vazado os documentos sobre as doações eleitorais do Banco Econômico- e das fraudes do Banco Nacional, em que o BC teve de desmentir a versão segundo a qual o presidente da República havia sido alertado.

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