São Paulo, domingo, 17 de março de 1996
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Procura por luta marcial "diferente" cresce 750%

ANDRÉ LOZANO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os estilos de artes marciais menos comuns -conhecidos pelos filmes de Jean Claude Van-Damme e Steven Seagal- desbancaram, no ano passado, em São Paulo, lutas tradicionais -como o judô- e conquistaram um grupo de praticantes que cresceu, em média, 750% em comparação com 94.
O aikidô e o jiu-jítsu, por exemplo, tiveram um acréscimo de alunos, em 95, de 275% e 592%, respectivamente, enquanto o judô registrou um decréscimo de cerca de 10%, segundo Gerardo Siciliano, da Federação Paulista de Judô.
O aikidô caracteriza-se pelos golpes de torção. Já o jiu-jítsu procura imobilizar o adversário com golpes aplicados nos pontos sensíveis do corpo.
Segundo o presidente da federação de jiu-jítsu, Otávio de Almeida Jr., as academias credenciadas na federação passaram de 17, no início de 95, a 47 em novembro do ano passado.
O maior crescimento ocorreu com o kung-fu. Segundo o presidente da Federação Paulista, Leo Imamura, em 94 o estilo contava com mil lutadores. Em 95, esse número chegou a 15 mil.
Almeida Jr. credita a grande procura pela artes marciais à reorganização e divulgação, a partir de 95, nos EUA, Japão e Brasil, das lutas livres, disputadas por praticantes de todas as lutas. "Os filmes de ação também são um chamariz", disse Wagner Bull, difusor do aikidô.

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