São Paulo, segunda-feira, 25 de março de 1996
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'Não estou nem aí para eles'

DA FT

O virtual candidato do PDT a prefeito, Francisco Rossi, disse ontem não se importar com o rompimento da Igreja Universal com a sua candidatura.
"Eu não devo lealdade a nenhuma igreja. Não quero apoio deles. Não estou nem aí para o que eles (pastores da Universal) acham de mim", afirmou.
Rossi confirmou que não apoiou a Universal no caso do chute na imagem de Nossa Senhora Aparecida. "Não admito desrespeito aos símbolos religiosos alheios."
Rossi afirmou que realmente negou-se a assinar manifesto contra a Rede Globo. "Não concordo e não concordarei com essa briga entre emissoras." Mas negou que tenha falado mal da Universal ou de seus dirigentes.
Rossi é membro da Igreja Evangélica da Vila Yara, de Osasco. A igreja não tem outras unidades.
Ambiguidade
Rossi sempre manteve uma relação ambígua com a Universal. Em dois anos, teve três tipos de relacionamento com a igreja.
No primeiro momento, ainda nas eleições para o governo de São Paulo em 1994, foi rejeitado pela igreja. A Universal apoiou o tucano Mário Covas.
À época, os articuladores políticos da igreja fizeram restrições ao que chamaram de "messianismo" de Rossi e sua suposta dificuldade em montar uma boa equipe.
No final do ano passado, Rossi tentou o apoio da igreja à sua candidatura. "Gostaria muito de ter o apoio dessa igreja, que faz um trabalho muito sério", disse.
A tentativa de Rossi encontrou receptividade. Foi convidado e participou do programa 25ª Hora da Rede Record, apresentado pelo pastor Ronaldo Didini. O programa veiculou várias cenas de Rossi participando de atividades da igreja, como distribuição de alimentos na periferia da capital.
Depois dessa articulação, ele tentou desvincular sua imagem da igreja, depois que surgiram denúncias de supostas irregularidade contra a cúpula da igreja.

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