São Paulo, segunda-feira, 25 de março de 1996 |
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Igreja Universal retira seu apoio a Rossi
RICARDO FELTRIN
A afirmação foi feita ontem pelo pastor Ronaldo Didini, coordenador político da Universal e apresentador do programa "25ª Hora", durante a primeira reunião de candidatos apoiados pela igreja, realizada num antigo teatro da TV Record (zona sul de São Paulo). O evangélico Rossi lidera, junto com Luiza Erundina (PT), a corrida pela prefeitura paulistana, segundo pesquisa do Datafolha publicada ontem. Segundo Didini, três motivos levaram a Universal a romper com o candidato do PDT. "Ele foi antiético no caso von Helder, recusou-se a assinar um manifesto contra os ataques da Rede Globo à Universal e vem sendo desleal por falar mal da nossa igreja em conversas públicas", afirmou. Peso eleitoral Didini disse que, no final do ano passado, foi ele quem propôs à cúpula da Universal o apoio a Rossi. Ontem, ele afirmou: "Nossa decisão agora é irreversível". O coordenador político da Universal disse não ter estimativas de quantos votos podem ser garantidos na eleição. "Temos 354 templos no Estado. Se não ganhamos eleições, pode ter certeza que vamos pesar muito nas urnas", afirmou. O pastor afirmou que a Universal ainda não decidiu quem irá apoiar nas eleições a prefeito. Vereadores Na semana que vem, Didini vai se reunir com os pré-candidatos a vereador na capital paulista que terão apoio financeiro e jurídico da Igreja Universal. Ontem, cerca de 150 virtuais candidatos a vereador do interior do Estado reuniram-se com Didini. Estiveram presentes ainda o deputado federal Wagner Salustiano (PPB-SP) e o deputado estadual Márcio Araújo (PPB). Durante quatro horas, os pré-candidatos foram apresentados às exigências da Universal para a campanha. Quem as seguir fielmente, segundo Didini, terá apoio financeiro, jurídico e logístico da igreja de Edir Macedo. "Vamos eleger todos vocês", declarou o pastor da Universal ao microfone. A platéia gritava: "Aleluia! Bravo! Maravilha!". Havia candidatos de todos os partidos, com exceção do PT e do Prona. O partido com maior número foi o PFL (26). O PPB veio em segundo, com 14. Havia ainda 13 candidatos do PMDB, 12 do PSDB, 6 do PTB e 3 do PV, além de outros filiados aos chamados "partidos nanicos". Em São Paulo, cinco candidatos a vereador deverão receber o apoio da Universal, segundo Didini. Texto Anterior: FHC janta com exilados Próximo Texto: 'Não estou nem aí para eles' Índice |
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